a pincelada inimitável de Frantz Duchazeau

Mississippi, 1935. Edward Ray Cochran acima de tudo, a mulher grávida, vivendo apenas da casa pro trabalho. Ele sai para a rua, violão na mão, para realizar seu sonho: viver sua paixão e se tornar um músico. No caminho, encontrou-se com Robert Johnson, a lenda do Blues, que vai ajudá-lo a se tornar "Meteor Slim". Para ter sucesso, nenhum segredo: "A estrada é longa, mas deve ter tudo ". Brigas de bar, uma garrafa de uísque, cabarés produtores desonestos - o caminho do reconhecimento não é fácil.
Frantz Duchazeau é na minha opnião um gigante da BD. Não apenas pela destreza lírica com que maneja os pincéis, mas pela paisagem noir que empresta ao seu story telling. Suas cenas me remetem ao picturalismo de Coração Satânico e ,salvo a topografia, a valoração tonal da iluminação de Asas do desejo. Em seu Cross Road Blues, Duchazeau lança mão de sua requintadíssima arte para ficcionar a gênese de um músico outsider congruentemente fiel à historicidade do gênero. Hit the Road Fratnz!