16.12.10

Palestra na Biblioteca Pública do Paraná




Dizer que na tarde deste 9 de Dezembro imperava a atmosfera da improvisação no auditório da Biblioteca Pública, seria superlativo eufemismo. Explico. Não sem antes recorrer à expressão-chave da minha fala durante o Programa I do Projeto Filosofia do Rock (citado em posts anteriores) - Do It Yourself (D.I.Y) ; ou "faça você mesmo"- atitude-elo de identificação similar à todas as gerações da cultura punk desde seu proto-genitor Nova Yorkino nos anos 70. Não havia estudado a pauta. Sequer ignorava que me seria oferecido um horário no programa para que além da exposição de minhas peças,discorresse sobre a relação Artes visuais + Rock'n'roll como elemento integrador de sua estética pop. Confesso que apelei ao estradar auto-etnográfico relembrando a emoção na descoberta de cada capa de LP do Iron Maiden, nos petardos do álbum Creatures of The Night do Kiss em seu pankake mítico. Bem como nas placas tectônicas de advertências disciplinares assinadas em decorrência dos patches do G.B.H e Exploited pintados à tinta têmpera e costurados no púdico uniforme escolar. Em síntese, aquela sensação de apreensão pré-discursiva foi cedendo ao prazer anti-árcade de um divertido colóquio tangendo o universo imagético do Rock a partir da perspectiva do artista. No final prevaleceu um saudosismo sub-melancólico de Denis Arcand* ao constatar que "nada mais será como antes" e que não nos compete esperar das novas gerações que devolvam ao Rock'n'roll seu caráter desconcertante e vertiginoso dada sua absorção sistemática pelo mainstream tão bem mencionado no "The Great of Rock'n'roll Swindle" do Sex Pistols.

Um comentário:

  1. Po que bacana o tema, tu deve ter se saído muito bem!
    Parabéns :)

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